A Verdadeira Imagem
O preço original era: 32,00€.28,80€O preço atual é: 28,80€. c/IVA
Hans Belting
ISBN 9789898217134
Dafne
Capa mole, 312 pp, 15,0×22,5 cm
Português
2011
Em stock
No quadro da sua antropologia da imagem, onde se constituem como parâmetros essenciais a imagem, o corpo e o suporte das imagens, Hans Belting confronta fontes relevantes com breves episódios históricos e imagens como a Santa Face de Cristo, a Verónica ou o retrato de Lutero. Assim se exploram, com grande minúcia teórica, as férteis consequências heurísticas desse choque, com consequências relevantes para a nossa contemporaneidade.
«Nas fontes relativas à controvérsia sobre as imagens, habitualmente, não se fica a saber grande coisa sobre a figuratividade, mas bastante mais sobre as relações de poder no espaço público. As imagens eram, uma e outra vez, apresentadas em lugares públicos, para atrair sobre elas a prática que rotulamos de culto. A destruição da imagem é tão-só a outra faceta do culto da imagem, é o culto da imagem sob o signo contrário ou a violência contra as imagens em nome das quais se sofreu violência. As imagens consolidavam-se nas acções simbólicas nelas realizadas, e fracassavam se elas lhes fossem recusadas. Tornavam-se assim heróis, mártires ou inimigos, decerto em vez de homens que estavam por detrás delas, e que directamente se não podiam atacar. Já a sua produção era uma acção simbólica e encorajava os observadores, diante delas e em público, a demonstrar a sua fé ou a recusar a sua lealdade – o que, por seu turno, equivalia a uma acção simbólica. As imagens surgiram, pois, como uma ocasião ou como um desafio calculado da sociedade a exercer diante delas actos públicos deste jaez, os quais, de outro modo, não teriam nenhum endereço ou oportunidade.» (H.B.)
Tradução de Artur Morão
A tradução desta obra foi apoiada com subsídio do Goethe-Institut, que é financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
Esta obra foi publicada por ocasião da mesa-redonda que reuniu Hans Belting, Georges Didi-Huberman e Jacques Rancière, na Culturgest, em Lisboa, a 14 de Março de 2011, com moderação de Maria Filomena Molder. Para esta ocasião, produziram-se duas imagens de José Luís Neto, da série July 1984.